Certo é que há certas expressões que está na cara o que querem dizer (cabeça nas nuvens, balde de água fria, entre outras), mas há outras que não lembram ao diabo. Hoje ouvi uma que me intrigou especialmente: patinar na maionese.

Às vezes surpreendo-me a mim mesmo. ^^
De todas as expressões que havia ouvido até hoje, esta consegue meter todas a um canto.
Quando um indivíduo diz que vai arregaçar as mangas ainda se percebe o porquê de tal afirmação, a qual suponho que tenha origem nos pescadores: tinham um trabalho árduo pela frente e, para não molharem a roupa quando a mergulhar as mãos na água, arregaçavam as mangas, até para poder manusear mais facilmente os instrumentos necessários ao seu ofício.
Até quando se diz que não vale a pena chorar sobre o leite derramado, há um fundo de verdade nesta história: o leitinho quente aquecido à chama foi derramado e o choro não o irá trazer de volta, quanto muito irá torná-lo salgado (e leite salgado não é, de todo, agradável, como o Balbino vos confirmará).
Agora, quando alguém afirma que anda a patinar na maionese, que raio quererá dizer? Há algum fundamento histórico por trás de tal afirmação? Se sim, alguém me pode elucidar? Terá sido um bobo qualquer que, estando-se completamente nas tintas para a sanidade e coerência da língua portuguesa, decidiu criar uma expressão perfeitamente jocosa e sem nexo? Quem terá sido a vil criatura que empreendeu tal acção? Com certeza é um vagabundo da pior espécie!
Estou feito ao bife... Esta é uma situação que já me dá água pela barba e estou prestes a pendurar as botas. Por favor, não façam vista grossa a este artigo. Qualquer assistência que me possam prestar é agradecida pois eu não vou continuar a bater na mesma tecla.

4 comentários:
O Tony diz:
comenta!
O Tony diz:
é um post do Tony
O Tony diz:
presta-me culto
Se não fosse o P.S. do elefante eu não comentava!
Genial! Só belas gargalhadas que este nosso amigo tony nos proporciona! Não penses mais na morte da bezerra pa! Eu ainda tentei pensar num fundamento mas continuei a patinar na maionese...
(E sabes porque é que é morte da bezerra? Tive de descobrir isso para um trabalho de dramaturgia, e não é que se trata da morte drástica de um tal de bezerra no porto, ficou tudo muito chocado e tal...enfim...)
tony, esse post fritou-me a batatola...
Fantástica utilização da nossa língua! É esta riqueza que eu tenho medo que se perca, mas por outro lado intriga-me quando vejo as pessoas utilizarem expressões sem saberem minimamente o seu significado, ficando logo a pensar na história dos macacos e das bananas!
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